segunda-feira, 16 de julho de 2012

SOPA DE BETERRABA – “BORSCHT” OU “BORCHE




Nos dias de inverno a sopa tem todo o seu charme, os jantares ficam mais aconchegantes, pode ter certeza uma sopa bem quentinha aquece o corpo e a alma. No caminho de casa nesta segunda feira, 16 de julho, me veio no pensamento fazer uma sopa que meu amigo Sinésio passou a receita há uns anos atrás, porém como a receita não foi anotada a sopa de hoje foi no improviso e ficou muito boa, pena que numa segunda feira, precisamos evitar o álcool, senão era um bom motivo para um vinho ou mesmo uma cachaça.

Esta sopa também pode ser chamada de “Borscht” ou “Borche” sendo originária da Ucrânia e Rússia. Assim, esta receita vai ter que passar pelo crivo do meu amigo Litrão, legítimo descente das terras geladas da Ucrânia, que hoje mora no calor da  bela Aracaju.

INGREDIENTES PARA 4 PESSOAS

2 beterrabas grandes

1 inhame médio ( este foi no improvido estava fazendo aniversário na geladeira)

1 cebola grande

2 colheres de manteiga ou azeite

2 dentes de alho1 colher de café de açúcar

500 gramas de músculo bovino

2 colheres de suco de limão

Sal e pimenta do reino a gosto


 COMO PREPARAR

Numa panela de pressão aqueça uma (1) colher de manteiga com um pouquinho de azeite e frite metade da cebola e o alho, picados

Adicione a carne e deixe dar uma fritada. Em seguida, coloque água e deixe cozinha por uns 20 minutos, ou até carne ficar bem macia e ainda com uma quantidade de caldo, desligue e reserve.

Numa outra panela derreta mais uma colher de manteiga, refogue a outra metade da cebola o inhame e a beterraba por mais ou menos 10 minutos. Acrescente o açúcar, a carne cozida com o seu caldo. Reduza o fogo e deixe cozinhar até que os legumes estejam bem macios.

Em seguida passe todo o cozido para o liquidificador com o caldo de limão, sal e pimenta do reino, pode colocar uma pimenta também.

Na hora de servir misture o creme de leite fazendo alguns desenhos sobre o prato.

Pode ter certeza, é uma delicia de sopa e o prato fica bonito, onde o vermelho da beterraba com o branco do creme de leite.

Para finalizar deixo uma poesia do meu poeta favorito que também se aventura pelos fogões:



Mitologia Brasileira

Cozinhar Deuses em fogão à lenha
Deixa-los esfriar à beira-mar
À sombra de uma nau portuguesa
Soca-los no pilão da história
Na lenta batida de um tambor africano
Salpicar tristeza

A tristeza é essencial para realçar
A alegria teimosa de ser brasileiro
Malicia, tempero, malandragem
E haja cerveja
E haja mulata
E chega de escrever...




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