Jorge Pereira Raggi é daqueles amigos que se deve guardar com muito carinho, passar pelo seu escritório é sempre muito bom, aprende muito, toma-se um café muito rico, escuta bons casos e se leva para casa só um sentimento "PRECISO PASSAR MAIS VEZES PELA GEOCONOMICA". Na última festa que nos encontramos tive o prazer de conhecer a Isabel, dona de sorriso doce e de uma conversa muito gostosa. Neste dia falamos em bastante sobre comida e o Jorge saiu com a ideia de preparamos um carneiro. Iniciamos os preparativos e a busca das agendas. Afinal meu amigo tem uma agenda cheia.
Depois de um tempo, num sábado logo pela manhã chega na minha casa o Jorge, acompanhado pelo irmão Alfredo, trazendo dois pernis de carneiro, sentamos prosemos um pouco, Alfredo, médico cirurgião em Aimorés, tomamos uma café e falamos sobre a região leste das Gerais. Terra de gente valente de com muitas histórias onde o cabra atirava no outro só para ver de que lado dobrar
Voltando ao carneiro foi comprado do Sr Kemel que tem, na sua casa, açougue, fica no Prado, bom lugar para comprar carnes especiais como: carneiro, cabrito, coelho,leitoa etc, podem passar que serão bem atendido, o Sr. Kemel mora na Rua Cel. Pedro Jorge 71. Neste dia marcamos então o almoço para o domingo, pena que Alfredo não poderia se estar entre nós, estaria retornando a Aimorés.
A prosa foi se estendendo e discutimos alguns detalhes do preparo. Jorge ligou para uma amiga pediu umas finas para o preparo (finas é coisa de quem passou pela Escola de Minas, Jorge Raggi é um dos ilustres Geólogos graduado na EMOP, conversei um pouco com outro amigo e fomos formatando a receita.
No dia marcado iniciamos o preparo. Os convidados foram: Marcelo Nassif e Andréia, Pedro e Isaura, Augusto e Ana, Dona Tereza, Celinho, o meu neto querido Arthur e lógico Jorge Raggi e Isabel. Pois é, de propósito só coloquei os sobrenomes dos representantes do “Império Otomano”, afinal na minha época de infância eram todos “Turcos”, comerciantes, em Ituverava tinha vários “Brimos” donos de lojas amigos de longa data.
Vamos à receita do carneiro. No sábado a Noite coloquei os pernis sobre a bancada da pia e comecei. Primeiro servi uma cachaça, esta estava guardada desde fevereiro esperando uma data vem de São Gonçalo do Bação uma cerveja e vamos ao trabalho.
Fervi uma pouco de água e dei uma escaldada na carne, depois limão, providencie alguns limões rosa que também obedecem pelo nome de capeta, china etc., bastante limão esfregando na carne. Em seguida preparei uma vinha d’alhos, batendo no liquidificador:
4 dentes de alho
1 cebola grande
2 ramos de alecrim
2 ramos de tomilho
Cebolinha e salsa
1 pimenta malagueta
Pimenta do reino branca
1 copo de vinho branco seco
Azeite
Usando sacos plásticos, deixei os pernis no tempero de um dia para o outro, lógico na geladeira, e não se esqueça de virar de vez em quando. Depois deste esforço todo abri mais uma(s) cerveja e tomei mais duas cachaças, acabou a cachaça do Bação então fui jogar vídeo game como o Arthur.
No dia seguinte, domingo levantamos mais tarde, e iniciamos o dia. Passando pelo Ckeck List:
· cerveja no ponto;
· tira gosto sob controle;
· garrafas de vinhos duas, o Pedro ficou de trazer a terceira;
· Refrigerantes ok.
Então vamos a luta:
Pernil fora da geladeira, sobre uma tabua reservando a vinha d’alhos. Já da para notar que o bichinho já está diferente... com a carne mais tenra... com uma cor diferente... e um cheiro fantástico, o alho e alecrim invadem a sua cozinha. Neste ponto está na hora de tomar a guia, agora Passatempo, e abrir a primeira garrafa de vinho. Voltando ao pernil injete um pouco do tempero reservado na carne, faça alguns cortes, na carne com uma faca afiada e coloque alguns dentes de alho inteiros.
Regue com bastante azeite,embrulhe num papel alumínio e leve ao forno. Primeiro no fogo alto 250 ° c, 15 minuto, depois volte o fogo para 180 ° e deixe umas três horas, o tempo vai depender do peso do pernil mais é para assar bem devarinho. Num dos cantos do tabuleiro, coloquei 3 cabeças de alho inteiras, azeite nelas - vai dar um tira gosto fantástico.
Neste ponto vamos aos acompanhamentos do prato. Arroz branco, batatas bolinhas, cebolas pequenas, abobrinhas salteadas e cuscuz marroquino (este não conhecia vi a receita num restaurante). A base para o cuscuz encontra no mercado central. Neste caso esperei a chegada do Marcelo e do Jorge para decifrar as instruções do preparo. Na caixa as instruções estão em árabe, tá bom, também tem o como fazer em português, mais como Turco é Turco, espertos não sei se a tradução estava correta.
O arroz branco deixei na primeira água, as batatas bolinha com casca, depois de lavadas, enrole no papel alumínio e coloque num canto da forma que está assando o pernil. A abobrinha, corte rodelas com largura de 2cm e reserve.
Está na hora de abrir a segunda garrafa de vinho, os amigos já chegaram, menos Pedro Mola, nada de novo, preferiram a cerveja e tome prasa, amenidades, relembrando casos e causos da geologia da política. Os dois deixam de ser turco assumem a descendência Libanesa. Politicamente um é PSDB e outro do DEM.
Pedro e Isaura chegaram e completou ao grupo de amigos convidados. Fazendo um parênteses conto um acontecido, chegando à mesa onde o pessoal estava proseando, vi que um quadro que tenho na área estava numa posição diferente que tem ficado. Trata-se de mapa da America do Sul que tenho mantido de cabeça para baixo, homenagem ao artista Uruguai Garcia Torres que pintou desta forma. Bom, vou tentar decifrar quem virou o quadro: pode ter sido o Jorge, pois fiel ao DEM (amigo da senadora Catia Abreu) deve ter achado que a minha posição política, anárquico socialista, está conspirando contra ordem social da America do Sul, a outra opção fica com o Pedro que como comunista juramentado ficou com medo do Hugo Chaves despencar pelo rio da Prata. O Marcelo Nassif certamente não foi: PSDB que se preza no máximo fica olhando para tentar entender..... tomar posição?? Nem.
O carneiro já está há quase três horas no forno, dei uma olhada e já bem tenro, Hora de tirar o papel alumínio, incorporar as batatas bolinhas (que estão pré-cozidas) as cebolas, mais azeite, se necessário, de volta ao forno, por mais 45 minutos para corar.Nesta ultima fase olho vivo regue varias vezes a carne com o líquido do tabuleiro... sei lá ... a cada dez minutos.
Quando o pernil estiver dourado, cheiroso, bonitão é hora de retirá-lo do forno mais enquanto isso vá terminando os acompanhamentos:
Cuscuz Marroquino : ingredientes
Massa do cuscuz - basta colocar em água quente
Berinjela, cebola e Pimentões (verde e vermelho) em cubinhos
Azeitona em pedaços,
Passas e amêndoas
Cebolinha e salsa
misture com o Cuscuz e coloque numa vasilha para dar forma.
Mais uma cebola em tiras e leve ao fogo com um pouco de mel para caramelizar. Desenforme a cuscuz jogue a cebola caramelizada por cima e está pronto.
A receita de abobrinha salteada vi no programa do Olivier, fica muito bom. Corte as abobrinhas em rodelas, aqueça um frigideira, coloque manteiga e um fio de azeite e as abobrinhas. desfolhe tomilho, e salpique, acerte o sal e deixe dourar.
Escorra o excesso de óleo a da assadeira, sobre a chama do fogão, acrescente um copo de vinagre balsâmico de uma mexida e jogue uma farta porção de folhas de hortelã, jogue sobre a carne e vamos à mesa.
Antes abra uma garrafa de vinho bem encorpado, vai bem um Ramon Roqueta Garnacha.
Um comentário:
Sensacional o texto e a receita. Todos dois, deram o recado
Abração a vocês e ... bom cordeiro!!!
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