Mendoza está situada na região centro–oeste da Argentina, aos pés da
Cordilheira dos Andes mundialmente conhecida pela produção de vinhos, e, especial os Malbec's, o que convida para
festejar a chegada de um Novo Ano. A Cordilheira
e a imponência do Aconcágua, pico mais
alto das Américas (6.962m), um sistema de irrigação milenar implantado pelos
Incas e disseminado pelos espanhóis, a passagem de Charles Darwin pela região
em 1835, compuseram o rol de interesse em conhecer a região.
A cidade tem um clima desértico, a pluviometria
anual fica em torno de 300 mm/ano, conta com uma densa arborização em suas
avenidas, praças e parques, trata-se de espécies exóticas e melhoram consideravelmente
o clima na cidade. A vegetação da cidade a exemplo dos vinhedos é irrigada pelas
águas do degelo que são reservadas em barragens próximas a Cordilheira e
utilizadas ao longo do ano para irrigar a vegetação da cidade e os vinhedos da
região. O sistema de irrigação foi implantado pelos espanhóis que chegaram a
região em 1561, inspirados no modelo desenvolvidos pelos Incas, a água do
degelo é reservada, ainda na montanha e desce em regos (canais) que estão em
toda a cidade sempre ao longo dos passeios (calçadas) que levam até as plantas,
tais canais são denominados “acéquias”. A foto acima mostra as acéquias, parque
San Martin e uma rua no centro da cidade.
A região oferece várias atividades turísticas. Se engana quem pensa que as atividades em Mendoza se
limitam às degustações de vinhos malbec, torrontés ou espumantes. Durante o dia
pode dedicar a esportes radicais como rafting, caique, mountain bike, tirolesa,
ou esportes não tão radicais como cavalgadas, passeios de bicicleta e
caminhada no Parque Provincial Aconcágua e no inverno ainda se pode esquiar na
estação de esqui “los penitentes”. À noite, que só chega depois das 21 horas
tem-se cassinos, pubs, teatros, wine bar e belos restaurantes.
A nossa incluiu um tour por duas
bodegas e uma fábrica de azeite. Assim no dia 30/12/2013 saímos em companhia de
um “remis”, é como se chamam os taxis privados na Argentina. A vantagem do remis em relação às excursões em agências
de turismo é ter carro e motorista sempre a sua disposição podendo estabelecer
seus próprios horários e sempre com a possibilidade de alterar o roteiro na
última hora. Depois de algumas consultas, troca de mensagem, com alguns destes
remis, ainda do Brasil, acertamos com o Santiago, por três dias, com passeios a
Bodegas e a Cordilheira. O Santiago disponibilizou uma caminhonete
Amarok e como guia e motorista o Gabriel, para os quais só temos elogios,
Gabriel um guia conhecedor da região é um motorista experiente, tranqüilo, simpático
e disposto a sair do roteiro quando nos interessava. Vale a pena acertar com
esta dupla os passeios, para contato o endereço eletrônico è santipetenatti@hotmail.com. Só
para deixar registrado, todas as nossas reservas de degustações e almoços nas
bodegas foram efetuadas pelo Santiago, antes de nossa chegada a Mendoza.
Seguindo a programação do dia passamos numa fabrica
de azeite, conhecemos o processo de extração do azeite da fruta e chegamos a
uma sala de degustação de azeites, puros, aromatizados, pastas de azeitona além
de cremes para pele, sabonetes etc.
A tarde como companhia seguimos para a
Bodega Belasco de Baquedano, onde após um tour pelo processo de fabricação e
envelhecimento de vinhos e por uma sala de aromas onde se pode sentir aromas
que os enólogos descrevem ao degustar um vinho. Tivemos um almoço fantástico, onde
pratos diferentes são harmonizados com vinhos também diferentes (rose, branco, dois
tintos e no final um vinho licoroso, tipo vinho do porto que a vinícola
produz).
Nesta altura do dia o teor alcoólico já estava alto
e o cochilo veio no caminho de volta até o hotel, um descanso e mais uma volta
pelo centro da cidade, depois cama, pois o dia seguinte prometia, seria nosso contato
com geodiversidade andina.
O passeio pela alta Montanha é
indescritível e fizemos por duas vezes: a primeira com o guia indo até a base
do Aconcágua, passando por Uspallata, Ponte Inca, Estação de esqui los
penitentes, passo da libertação e reservatório Potrerillos. Depois viajamos de
ônibus para Santiago, outro passeio fantástico, são seis horas num ônibus,
confortável, observando a paisagem da cordilheira. O que mais impressiona no
lado chileno é uma sequencia de 38 curvas onde forma a região denominada “los
caracoles”.
Bom, em Mendoza passamos o final de
ano, depois de muito procurar encontramos o "Sofia" um restaurante
que promoveu uma bela festa regada a vinhos, espumantes e uma boa comida além
de uma musica bem animada. Nem tudo pode ser perfeito tivemos que ouvir
Michel Telo e Gustavo Lima fazê o que?
O próximo post vai retratar a patagônia chilena
2 comentários:
adorei o bloq... guardarei para umas férias por lá..valeu demais!!\
Meu caro João Tomate,
Você retratou muito bem a viagem e os lugares por onde andou. É muito gostoso aquilo, o pessoal vem com uma longa história de aproveitamento dos recursos, de fazer bem feito. e o pessoal é simples, gosta do que faz e de viver ali. Claro que a vida por lá não é fácil, como não o é em nem um lugar. Mas apesar dos maus governos eles estão ali vivendo, não muito preocupados com a alta moda e consumo exagerado. Gostaria de ir a Salta, dizem que é muito bom por lá e diferente. Talvez da certo de ir. Um abraço e espero que tenhas outras boas viagens com Tereza e Sergio e outros bons parceiros, que é muito importante. Eu ando só e com isso perco muito de muitos lugares.
Um abraço.
Odulio
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