sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ziguezagueando entre a Argentina e Chile


Ziguezagueando entre a Argentina e Chile cortando a cordilheira dos Andes em  duas rotas: a primeira de  Mendoza/ Santiago e a segunda na patagônia de  Puerto Varas/ Bariloche



Passado os festejos de final de ano em Mendoza, arrumamos as malas e embarcamos para o Chile, a primeira parada foi Santiago, curta, mais suficiente para rever a cidade e recordar os bons momentos que tivemos nesta cidade no ano de 2011 quando em companhia dos filhos, genro e noras desfrutamos de uma bela semana incluindo o Réveillon e esticadas até Valparaíso e Vina Del Mar.

O trajeto de Mendoza a Santiago foi de ônibus, um percurso de 6 horas, com uma longa parada nas aduanas da Argentina e Chile. A paisagem maravilhosa onde rochas ígneas que sustentam a cordilheira mostram os efeitos do tectonismo provocado pelo encontro de duas placas, Sulamericana e a Nazca. Fazendo um parêntese no turismo comento que a geologia da região tem toda sua estruturação delineada pela placa sul americana, onde o Brasil encontra-se em sua porção central, chocando com a placa Nazca este movimento provocou e provoca enrugamento da crosta formando a cordilheira dos Andes além de gerar atividades sísmicas e de vulcanismo.




De Santiago a Puerto Montt viajamos de avião numa companhia chilena Sky Air Lines, no percurso a beleza da cordilheira vista de cima. Chegamos a Puerto Montt no final da tarde, pegamos um táxi para chegar ao hotel que ficava em Puerto Varas, um problema que poderia ter sido de maiores proporções foi resolvido no mesmo dia, a Companhia sumiu com nossa bagagem que nos foi entregue, no hotel, por volta das 21:00 horas. No hotel foi só fazer o Check in e cair na rua, mesmo porque a tarde estava maravilhosa, nesta época do ano o sol se faz presente até 21:00 h.






A região de Puerto Montt fica entre o Pacífico e os Andes, exibindo paisagens selvagens que impressionam pela beleza, parques nacionais com uma vegetação exuberante, lagos alimentados por geleiras milenares e vulcões com picos nevados formam uma paisagem que impressiona. 





Puerto Varas fica às margens do lago Llanquihue e ao fundo a imponência do vulcão Osorno com um perfil simétrico e topo congelado durante todo ano, cidade charmosa, aconchegante bem pequena, uma cidadezinha do interior, a arquitetura mostra a influencia da colonização alemã. De lá, visitamos Petrouhue onde as águas de degelo do Osorno se comprimem entre rochas vulcânicas  formando uma paisagem maravilhosa, os saltos Petrouhue que está localizado às  margens do lago Todos os Santos ou Esmeraldas, região de florestas exuberantes, montanhas de vegetação nativa densa, samambaias e um conjunto de cachoeira de águas verdes que foi cortada na rocha basáltica formando estreitas corredeiras compondo uma visão fantástica.







No outro  dia fomos a Frutillar, outra cidade às margens do lago Llanquihue, com 5000 habitantes que é outra delícia, passamos a manhã por lá caminhando pela cidade, entrando em lojinhas. De lá pegamos um ônibus da cidade que nos levou até Puerto Montt que é o principal porto do sul do Chile, nesta região encontra-se toda a indústria salmoneira do Chile, caminhamos pela beira da praia passando o porto e um enclavezinho de lojas de artesanato e paramos no local conhecido como "Palafitos de Angelmó", onde está o mercado da cidade e um conjunto de restaurante à beira do canal estreito proporcionado por uma ilhota em frente, retornamos a Puerto Varas no inicio da noite.



Deixamos Puerto Varas com certeza que valeu a pena conhecer e tomamos o rumo de San Carlos de Bariloche. Escolhemos a travessia denominada Cruces Andinos que mistura barcos e ônibus, esta travessia é fantástica e o tempo nos presenteou com um dia maravilhoso.


A primeira etapa da viagem dura cerca de duas horas, feito de ônibus de Puerto Varas até o Petrohue às margens do Lago Esmeraldas, com uma parada nos saltos Petrohue. Um barco faz o percurso entre Petrohue e Peulla em todo o trajeto pode-se observar a imponência do vulcão Osorno, ilhas, fazendas até chegar a Peulla, uma pequena comunidade chilena com uma população de 120 pessoas, militares e trabalhadores dos hotéis, por lá almoçamos e seguimos, agora de ônibus, rumo argentina, até Puerto Frias numa estrada de terra em meio de uma vegetação exuberante no seio do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, este percurso leva cerca de uma hora e meia, com algumas paradas para observar a natureza, chama a atenção o Cerro Tronador, a maior das montanhas da região, e a fronteira do Chile e Argentina, a divisa  dos Parques Vicente Pérez Rosales-Chile, com Nahuel Huapi na Argentina.

Em Puerto Frias fica a aduana argentina, mais um carimbo no passaporte e seguimos de barco pelo lago Frias num percurso de apenas 20 minutos em Puerto Bles, mais um pequeno trecho de ônibus até Puerto Alegre, com uma parada numa cafeteria muito charmosa. Em Puerto Alegre toma-se o ultimo catamarã, que corta o lago Nahuel Huapi num percurso de aproximadamente uma hora e dez até Puerto Pañuelo ao lado do hotel Llao Llao, os argentinos chamam “Jal Jal”. Neste trecho chama atenção o verde das águas cristalinas do lago, gaivotas se exibindo ao lado barco e a ilha Sentinela, quando o capitão soa o apito para reverenciar o local onde estão os restos mortais de Perito Moreno, herói argentino que também dão nome ao “glaciar” mais famoso da patagônia. Dai até Bariloche pegamos o ultimo ônibus. Foi um dia inteiro viajando, saímos de Puerto Varas às 08:00h e chegamos no hotel em Bariloche perto da 22:00 h. Mas na verdade as palavras não dão conta de descrever a beleza desta região. 



Em Bariloche ficamos dois dias batendo perna pelas ruas, tomando ônibus circular e conhecendo alguns pontos turísticos como o “Cerro Otto” que no inverno transforma-se numa estação de esqui com sua bela cafeteria giratória, ai vale a pena tomar um chocolate e apreciar a paisagem nos seus 360 graus. Conhecer o museu do chocolate, andar pela praça do centro cívico, onde estão os prédios públicos e museu da Patagônia. Na calle Mitre estão as principais lojas para compras de souvenir, blusões de couro e chocolates.




Grande engano quem pensa que San Carlos de Bariloche só é cidade é atrativa no inverno. A cidade é muito mais do que estação de esqui, tem atração para todos os gostos: das compras aos restaurantes, dos bares e boates, passando pelo cassinos, são lugares maravilhosos cenários românticos com uma paisagem realçada pela beleza das águas do lago Nahuel Huapi, o maior do país. Aprecie sem cansar a bela arquitetura da cidade e se para descontrair desça até a margem do lago Nahuel Huapi e se encante com o verde de suas águas e da  paisagem. Em Bariloche o Restaurante Don Molina merece uma indicação, peça o  cordeiro patagônico regado a um cabernet sauvignon de qualidade. Antes, certamente o “camareiro” irá  lhe apresentar a adega que fica no sub-solo. Ah, ia me esquecendo, bem perto do cassino fica a “Farmácia Brasileira” propriedade da Maria Lucia Rolla, mineira de Belo Horizonte que se casou com um argentino e por lá construiu a sua vida, certamente ela irá oferecer o óleo Rosa Mosqueta, que promete milagres, trouxemos um vidro.




Por fim depois de 13 dias de viagem regada a boa prosa, vinhos fantásticos, comidas para todos os gostos aportamos em Buenos Aires, para uma "nuevo recorrido", já havíamos passados alguns dias na capital argentina em 2009, mais Buenos Aires, apesar, dos portenhos é uma bela cidade com suas avenidas largas, parques e mais parques, livrarias por todas as ruas, cafés maravilhosos etc, para não prolongar.







Indo a Buenos Aires não tem como não conhecer a Casa Rosada, que aos sábados é aberta a visitação, el caminito no bairro da Boca, nas imediações do estádio do Boca Junior, assistir a um show de tango, andar pelas avenidas e admirar a bela arquitetura da cidade. Nesta visita um restaurante merece a indicação trata-se do “La  Cabrera” situado no bairro de Palermo posso garantir que a parrilla deste Bistrô e´ a minha preferida.








 Dois fatos chamaram a atenção nestes dias: primeiro foi quando paramos para pegar uma informação com um funcionário da Prefeitura que não só nos informou com nos levou no veiculo público até a Casa Rosada, no trajeto ele nos contou que era responsável pela manutenção dos jardins da cidade teria vindo de Salta para Buenos Aires. O segundo foi em La boca quando um jovem insistiu para trocarmos a camisa do São Paulo FC que eu estava vestindo por uma do Boca, para aumentar a coleção do rapaz atendi.

























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