Nos dias de inverno a sopa tem todo o seu charme, os jantares
ficam mais aconchegantes, pode ter certeza uma sopa bem quentinha aquece o corpo e a alma. No caminho de
casa nesta segunda feira, 16 de julho, me veio no pensamento fazer uma sopa que meu amigo Sinésio
passou a receita há uns anos atrás, porém como a receita não foi anotada a sopa
de hoje foi no improviso e ficou muito boa, pena que numa segunda feira,
precisamos evitar o álcool, senão era um bom motivo para um vinho ou mesmo uma
cachaça.
Esta sopa também pode ser chamada de “Borscht” ou “Borche”
sendo originária da Ucrânia e Rússia. Assim, esta receita vai ter que passar pelo crivo
do meu amigo Litrão, legítimo descente das terras geladas da Ucrânia, que hoje
mora no calor da bela Aracaju.
INGREDIENTES PARA 4 PESSOAS
2 beterrabas grandes
1 inhame médio ( este foi no improvido estava fazendo aniversário na geladeira)
1 cebola grande
2 colheres de manteiga ou azeite
2 dentes de alho1 colher de café de açúcar
500 gramas de músculo bovino
2 colheres de suco de limão
Sal e pimenta do reino a gosto
COMO PREPARAR
Numa panela de pressão aqueça uma (1) colher de manteiga com um pouquinho de azeite e frite metade da cebola e o alho, picados
Adicione a carne e deixe dar uma fritada. Em seguida, coloque água e deixe cozinha por uns 20 minutos, ou até carne ficar bem macia e ainda com uma quantidade de caldo, desligue e reserve.
Numa outra panela derreta mais uma colher de manteiga, refogue a outra metade da cebola o inhame e a beterraba por mais ou menos 10 minutos. Acrescente o açúcar, a carne cozida com o seu caldo. Reduza o fogo e deixe cozinhar até que os legumes estejam bem macios.
Em seguida passe todo o cozido para o liquidificador com o caldo de limão, sal e pimenta do reino, pode colocar uma pimenta também.
Na hora de servir misture o creme de leite fazendo alguns desenhos sobre o prato.
Pode ter certeza, é uma delicia de sopa e o prato fica bonito, onde o vermelho da beterraba com o branco do creme de leite.
Para finalizar deixo uma poesia do meu poeta favorito que também se aventura pelos fogões:
Mitologia Brasileira
Cozinhar Deuses em fogão à lenha
Deixa-los esfriar à beira-mar
À sombra de uma nau portuguesa
Soca-los no pilão da história
Na lenta batida de um tambor africano
Salpicar tristeza
A tristeza é essencial para realçar
A alegria teimosa de ser brasileiro
Malicia, tempero, malandragem
E haja cerveja
E haja mulata
E chega de escrever...