domingo, 30 de outubro de 2011

Final de semana em Diamantina – Carne Serenada acompanha de Arroz com Brocolis.


No ano de 2009 um belo final de semana em Diamantina,
No começo o transtorno. Reservamos a Pousada por telefone e decepção nos pegou, compramos gato por lebre e tomamos um prejuízo, ah só para lembrar, cuidado ao fazer reserva com os hotéis Montanhas de Minas do grupo Montanha de Minas – a Pousada Ouro de Minas, tem a classificação abaixo de qualquer coisa habitável – e olha que nas minhas andanças já vi muita coisa ruim.
O transtorno não tirou o brilho do final de semana. A vesperata em Dimantina é algo fantástico. A cidade que exibe um luxuoso patrimônio arquitetônico, onde os casarões barrocos, edificados numa área de topografia acidentada fooram se espalhado, aleatóriamente, pelas encostas e vales da serra do Espinhaço, formado de ruas, becos e largos em harmonia com paisagem.
É neste cenario, em particular, na rua da Quitanda, que acontece a cada quinze dias entre os meses de abril a outubro a Vesperata. Duas bandas, uma da prefeitura, formada por jovens carentes e a banda do 3º Batalhão de Polícia Militar, sob as regências de Irineu Alex de Souza Domingos e Tenente André Benedito Mantovani fazem um show inesquecível. Os músicos ficam posicionados nas janelas dos sobrados, enquanto os maestros se revezam em um pequeno palco, no centro da rua, regendo de música classica a popular, não deixando de passar pelo o Peixe Vivo.
Não consegui levantar o significado das Vesperatas de Diamantina, mas certamente tem a ver com as festas típicas da cidade. Faz-me lembrar os passeios e estágio em Diamantina, quando estudante de geologia, onde hospedávamos no Instituto Escheweg, hoje casa da Glória, e as noites eram pelos bares do Beco do Mota, proseando e tomando cachaça ao som de violão, nestas rodas nunca faltava o coral improvisado cantando o peixe vivo.
Minha definição para Vesperata fica então: reunião de amigos para ouvir e cantar uma boa musica regado com um bom trago.
No final da Vesperata saímos à procura de bar, para fechar a noite com chave de ouro ou diamante ...... andamos e andamos, pelos becos e ruelas da cidade até um buteko árabe, muito bom, onde esfirras (coalhada seca, queijo, chicória e carne) todas fantásticas, acompanharam uma garrafa de vinho e cervejas para fechar a noite.
Para finalizar uma frase que faz parte da carta do restaurante.
"O vinho tornou-me audacioso, não louco;
incitou-me a dizer asneiras, não a fazê-las" Duff Cooper
No sábado o almoço foi no Restaurante Antonio’s - que fica no Beco da Tecla - vale a pena:
O prato “Carne Serenada com acompanhamento de arroz com brócolis e queijo”. È um prato bem harmonizado e de fácil preparo: a seguir vai a receita com algumas variações.
Preparo da carne serenada:
A carne pode ser encontrada no mercado central em BH - uma chã com uma capa de gordura ou uma alcatra.
Ou então, prepare a carne;
- um pedaço de chã – ou alcatra, Retalhe no sentido das fibras e espalhe sal grosso uma mão cheia para cada quilo de carne.
Deixe a carne de um dia para o outro numa assadeira num local que receba a brisa da noite. No outro dia bata a carne com uma faca para retirar o excesso de sal. E pendure a peça para escorrer a água acumulada na noite. Não precisa enxaguar para retirar o sal.
Na hora de assar leve a carne ao forno regada com manteiga de garrafa
Depois de assada pegue uma boa quantidade de manjericão para forrar a tabua de fatie carne neste colchão, vai ficar muito bom a carne pega o cheiro do manjericão.






Arroz com brócolis – 
1 xícara de arroz
2 xícaras de chá de brócolis picados
1/2 xícara de salsa
4 dentes de alho picados
1 colheres de sopa de manteiga – para os light - creme vegetal light
½ xícara de queijo minas ralado (ralo mais grosso)
1 colher de sopa de azeite
sal a gosto
Junte o arroz, já lavado e escorrido, mexa bem e refogue.
Acrescente a água fervendo e cozinhe em fogo baixo
com a panela semi-tampada.
Se a água secar e ainda estiver um pouco duro
acrescente mais 1/2 xícara de água fervendo.

Em uma frigideira, aqueça o azeite e doure o alho
Coloque os brócolis já cozido, pouco de sal com sal e agite
a frigideira por alguns minutos. Quando o arroz estiver
al dente, desligue o fogo. Junte os brócolis, o queijo
ralado, a manteiga e misture. Na hora de servir, polvilhe com
salsinha. Esse arroz também vai combinar perfeitamente com
um peixe grelhado.

sábado, 29 de outubro de 2011

­JENIPAPO DE MINAS ­DOBRADINHA COM FAVA


No ano de 2009 tive prazer de trabalhar no Município de Jenipapo de Minas, localizado no vale do Jequitinhonha, aproximadamente 600 km da Capital. Numa destas viagens escrevi o textos a seguir:
O trabalho teve por objetivo estudar os efeitos da variação do nível de água, decorrente da operação da barragem de Setubal, sobre as encostas do reservatório. Nesta viagem estive em companhia de profissionais de alto nível, além de amigos de longa data: Pedro Garcia (Eng. Geólogo), Mauro Megale (Eng. Florestal) e Eduardo Sperlling (Eng. Sanitarista).
Partimos de Belo Horizonte numa manhã de terça feira - ouvindo e contando histórias. Pegamos um atalho, passando por Cordisburgo, para evitar as paradas que decorrentes da duplicação da BR040, 40 km de terra mais compensa, depois Curvelo, Inimutaba (onde segundo Pedro tem um festão na chegada da primavera), Diamantina, fica a porta principal do vale do Jequitinhonha, Couto de Magalhães, Turmalina, Minas Nova, até chegar ao primeiro destino da viagem: Jenipapo de Minas ou será Genipapo de Minas, a dúvida da grafia vai perdurar, tem placas com as duas formas.
Em Jenipapo, o trabalho é correr do futuro reservatório de Setúbal. Uma barragem que a Ruralminas está construindo no sertão mineiro, uma obra maravilhosa, que se tudo correr bem, e os “políticos” não desviarem a verba necessária, para acabar a obra e criar os perímetros de irrigação planejados, aquele povo vai ter a água que necessita, para viver com dignidade na sua terra – deixando de lado a migração para os canaviais paulista ou para as favelas das grandes cidades.
O povo do Jequitinhonha sofre com a seca, mais é um povo alegre, acolhedor, tem sempre um sorriso e uma história para contar aos visitantes.

O dia terminou quando já estávamos chegando à cidade. Nesta altura o Mauro, que trabalha na barragem a mais de ano, já estava impaciente, querendo mostrar a cidade, mas com a boca seca. Os outros três viajantes a procura de um buteko de qualidade. Eu sigo uma velha filosofia geológica “no campo.... água só até as 3 da tarde” depois só cerveja - não tendo serve em qualquer temperatura, nesta situação tire a poeira da garrafa.
Mauro insistia no tour, pegamos uma rua e o Pedro parou em frente ao bar do DOCA, chamou, perguntou da cerveja e do tira gosto, encomendou uma porção de lambari, e seguimos no tour, mas na verdade o pessoal já queria ficar no buteko, mas a insistência do Mauro rendeu mais uns 10 minutos pela grande Jenipapo.
Retornamos ao bar do Doca, a mesa já estava arrumada no passeio, cerveja chegou logo, no ponto!! - desta vez discussão nem da escolha da marca, pois o Eduardo, foi genial, pegou a palavra e filosofou, “não existe cerveja ruim, o que existe são cervejas melhores do que outras” ai Mauro chamou Doca....... vem a mais gelada.
Mauro, como um bom anfitrião, partiu para a narrativa dos últimos acontecimentos da Metrópole, o fato mais recente deixou toda a comunidade Jenipapense triste, foi à constatação de que a cidade não estava entre as cidades escolhida para sediar a copa de 2014. Mauro é um convicto defensor da reivindicação. Afinal, como diz o amigo, Jenipapo tem uma localização privilegiada a 700 km de BH, o trajeto, via terrestre já quase todo asfaltado – sem asfalto só os 60 km que liga a Minas Nova, campo de aviação nem precisa aqueles chapadões, planos, serve para qualquer Boeing aterrizar. De fato a estrutura hoteleira não é das mais adequadas mais dividindo com Francisco Badaró e Chapada do Norte daria para hospedar muita gente. E o clima, 35° C, no inverno, é ideal a pratica do esporte Bretão.
O papo passa pela área técnica, onde o Mauro está indignado com uns fiscais do órgão ambiental que insistem em atrasar o desmate da área de inundação. Alegam que tem remanescente de Mata Atlântica no sertão. Ai fica a grande duvida: a barragem já esta quase pronta, em setembro fecha as comportas, qual a melhor opção, retirar a madeira ou deixar debaixo d’água. Mas o Mauro vai mais longe não concorda em colocar mandacaru e umbuzeiro na mata atlântica.
Veio o lambari frito mais cerveja, entremeadas com umas da “roça”, até que o Doca ofereceu uma dobradinha, a noite foi adiantando os casos aparecendo, grau alcoólico aumentando, pessoas da cidade passando, dando boa noite, as moças olham de rabo de olho, os meninos ganham uma balinha. O padre parou, falou com o Mauro sobre a capela que vai ser construída numa das agrovilas, tomou uma cerveja e seguiu para Badaró.
Nesta altura Pedro lembrou que ele havia prometido para a Tereza uma dobradinha com fava, daí não teve jeito, sacramentou o compromisso e cumpriu na ultima terça feira.
Dobradinha é daqueles pratos que gera discórdia. Como diz um velho amigo, o Marcinho, dos tempos do CETEC, grande cozinheiro, não come dobradinha, porém numa mesa de bar sempre que alguém fala que não “apreceia” o prato, aparece um e diz - "não come porque não conhece a dobradinha feita pela mamãe”. Mas é um prato que tem as suas particularidades.
Bem feito fica muito bom. Ainda, se você estiver preparando e chegar convidados não previstos, dá para inteirar sem problema, corte uma toalha de banho, daquelas bem felpudas que o problema tá resolvido.
Bom a dobradinha que Pedro e Isaura prepararam ficou DEZ, segundo o anfitrião a receita é mais ou menos esta:
 Ingredientes
3 colheres de azeite
3 dentes de alho amassados
2 tomates sem sementes e sem pele cortado em cubo
1 cebola média picada
1 tablete de caldo de legumes
2 fatias de bacon picado
2 paios defumados
1/2 kg de costelinha de porco defumada
1,5 kg de dobradinha picada
Salsa e cebolinha para salpicar
Não se esqueça da fava, pega melhor uma fava verde – aquela que parece uma pataca
  Preparo:
 1. Comece limpando a dobradinha – tire todo aquele sebo que fica grudado e abuse do vinagre ou limão capeta. Complete a limpeza fervendo em duas ou três águas.
2. Cozinhe a dobradinha em panela de pressão com uma folha de louro por uns 20 minutos – depois corte em tiras
3. A fava tem um amargo bom, aferventá-la três a quatro vezes, trocando sempre a água;
4. Numa panela - doure a cebola o alho e acrescente a dobradinha a costelinha, o bacon e o paio - deixe dar uma fritada quando começar pregar no fundo a panela jogue os cubos de tomate o caldo de carne e a fava.
5. Acrescente água e deixe ferver, acerte a sal – e deixei o caldo engrossar.
Servir bem quente com arroz banco, farinha e muita pimenta.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Quem sou


João César Cardoso do Carmo: Antes de qualquer coisa um amante da boa prosa, seja sentado numa mesa de bar ou em outro lugar qualquer, desde que na boa companhia de amigos e amigas, A vida ao lados de Amigos e Amigas são a verdadeira fonte da minha alegria, até mesmo os que não percebem o quanto são importantes na minha vida, confesso que fazem parte da razão de minha existência.

Religiosidade sou cristão por formação, acredito no socialismo democrático como instrumento de combater as desigualdades da nossa sociedade. Tenho na minha Família o alicerce de uma vida muito feliz: Maria Tereza uma mulher maravilhosa, Augusto, Mariana e João filhos que se superam a cada dia, Ana Paula, Ana Cristina e Paulo noras e genros que sempre sonhei e dois netos Artur e Maria Flor sem comentários.



Profissionalmente: Eng. Geólogo com pós graduação em Engenharia Econômica, experiência em Hidrogeologia, Meio Ambiente e Exploração mineral. Politicamente um socialista que não deixo que posições políticas atrapalhem as grandes mizades..


Como filosofia de vida levo apenas a certeza que tenho de viver intensamente a beleza única do momento que nunca mais será.

Nesta linha faço deste espaço mais um ponto de encontro com os amigos. Aqui pretendo, contar casos e causos sem preocupação com o formal, descrever as viagens que a geologia e o lazer me proporcionam, além de descrever receitas da nossa culinárias que são testadas e aprovadas, e outros assuntos e opiniões sobre temas variados do dia a dia. 


sábado, 22 de outubro de 2011

Pelos caminhos do Sertão Mineiro - Frango com Açafrão

Um dos pratos de minha preferência leva o sabor da infância lá em Ituverava, cidade que fica próxima às barrancas do rio Grande, no nordeste do estado de São Paulo. Os domingos eram sinônimos de frango no almoço, o que variava era só o acompanhamento. A minha preferência vai com arroz branco, angu de milho verde, e uma salada com folhas verdes: alface, agrião, rúcula e outros a gosto do amigo. 
Vamos lá ao preparo deste prato e dos tira-gostos que acompanham o golo:
Primeiro listar os ingredientes - para buscar lá no mercado central, lógico se você estiver em Belo Horizonte:
 01 garrafa de CACHAÇA PASSATEMPO – essa é fina tem o capricho do amigo Claret
01 frango caipira em pedaços;
0,5 kg de moela;
5 espigas de milho
01 engradado de cerveja em garrafa, não me venha com lata;
sal, pimenta de bode, manjericão, e cheiro verde;
açafrão da terra (corcuma);
azeite de oliva;
01 queijo canastra (de preferência dos lados de Cruzeiro da Fortaleza não fica na serra, mas é o melhor Canastra que conheço);
 
 Ao Preparo
Um dos preparos que vem na minha memória foi numa roda de amigos, numa época que trabalhei na região noroeste de Minas Gerais, pesquisando argilosas aluminosas para uso na indústria de cerâmica. A área é muito bonita, composta por uma paisagem onde na morfologia destacam as chapadas, entrecortada por uma rede de drenagem de águas puras e cristalinas, formando uma das regiões mais linda deste Brasil de meu Deus. Estamos nos domínios do ecossistema do cerrado – onde brotam as veredas que Guimarães Rosa imortalizou em sua literatura.
A primeira vez que cheguei nesta região foi num mês de setembro, na metade dos anos 80 numa época que os ipês amarelos quebravam a cinza do período seco. O caminho era sempre o mesmo, fazendo uma parada em Paracatu, para compra de suprimentos e pé na estrada rumo aos chapadões. Na maioria das vezes estava acompanhado de um grande amigo que a geologia me presenteou, Paulo Cesar ou Paulinho, moço bom com um jeito simples, com uma grande capacidade de gerenciar uma turma de pesquisa, sempre com um sorriso e um jeito criativo para contornar os problemas do dia a dia no campo, Paulinho A é natural de Abaeté, filho da Dona Totoca.
De Paracatu seguíamos pela rodovia que dá acesso a Guarda-Mor até o rio Santa Izabel, dali quebrávamos a direita e começava a subir os chapadões. No meio da encosta a já perto do acampamento era a primeira parada. No meio de uns quartzitos aparece uma cachoeira maravilhosa, a cachoeira da Prata, morava o Zé da Prata, a quem denominei o guardião das veredas das nascentes do rio da Batalha. Zé era um homem de muitas histórias, magro, moreno com a pele queimada pelo sol, deixava sempre a barba por fazer e morava há muito tempo por ali, numa casa de taipa e pau a pique junto com a mulher e quatro filhos. Zé da Prata cuidava de um pequeno roçado, de mandioca, milho e feijão, uma horta, umas galinhas e porcos que ficavam soltos pelo quintal. No verão ganhava alguns trocados deixando o pessoal se banhar na cachoeira da prata no fundo de seu quintal. Nesta época a sua mulher preparava uns salgados, bolinhos de feijão e vendia para o pessoal que buscava refrescar nas águas de uma cachoeira das mais lindas que já conheci.
 No período que ficamos por lá íamos quase todas as tardes a casa do amigo, que sempre tinha uma novidade para nos contar, era curioso para saber as histórias de Belo Horizonte, porém eu gostava era de puxar a língua do Zé da Prata para contar as histórias da região. O que sempre me impressionou é como as noticias correm pelos cerrados tem sempre alguém trazendo e levando os casos, o Zé da Prata sabia o que acontecia em todo chapadão. Com o tempo vi que a fonte de informação estava nos caminhões que transportavam carvão, enquanto os homens tomavam banho no córrego para tirar o pó de carvão iam contando as novidades, ao atendo Zé da Prata, sobre o que acontecia em todo o chapadão, nas carvoarias, nas fazendas e assim as notícias circulavam com a velocidade do vento.

 
 Bom chega de prosa é vamos ao preparo do prato.  Pegue o frango e coloque sobre uma tabua ao lado de uma faca bem amolada.
 Abra a garrafa de cachaça - beba um gole para ver se a Passatempo é legitima (se não for, vai descer arranhando). Chame uma boa musica para acompanhar o preparo, afinal domingo sem rádio é sem graça, eu gosto e prefiro o rádio falado, aquele só de musica não me atrai. Se for dia de domingo de 10 as 13, radio Itatiaia, tem um programa fino “À hora do coroa”, ou então pegue um “CD” - para começar, sugiro “Pena Branca e Xavantinho” e ouça a essência na musica regional brasileira.
 Volte ao frango e corte-o nas juntas (para quem bebeu só uma dose, é moleza).
Tempere com sal, alho amassado pimenta de bode a gosto, cubra com um pano de prato e deixe descansando.
Na outra ponta da mesa jogue uma pouco do azeite sobre o queijo canastra cortado em pequenos cubos. Sirva mais uma cachaça – levante o copo em direção de uma área iluminada e curta o reflexo da luz atravessando a “mardita”, aspecto límpido, transparente, brilho sedoso e levemente amarelado. Neste momento muita calma, cuidado para não cruzar os nicóis...... Dê uma boa cheirada na cachaça, o aroma é agradável, a boca enche de água, saboreie lentamente. Levante o copo, vazio em direção da luz, perceba uma oleosidade que escorre lentamente pelo copo. Na boca mostra o seu sabor, desce suave pela garganta, deixando um paladar levemente aveludado – perfeito.
 Pegue as espigas de milho, com uma faca desbaste os grãos do sabugo. Use o liquidificador para fazer um caldo de milho. Passe o milho batido por um coador. Não jogue o bagaço fora, também dá um bom tira gosto.
Neste momento os convidados já começaram a chegar afinal, cozinhar exige uma boa prosa amigos em volta da mesa e assunto livre. Então, leve um queijo canastra para mesa, cerveja a cachaça. Prepare um bolinho milho.

BOLINHO DE MILHO - Com o bagaço que sobrou do milho junte duas colheres de farinha de trigo, sal, umas 200 g de queijo ralado do tipo parmesão, misture, veja a consistência se necessário, mais um cadinho de farinha de trigo. Não se esqueça de uma pimentinha.
Frite os bolinhos em óleo quente.
Sirva aos convidados, e ouça um pouco da prosa que está em foco 
 Volte ao frango, doure os pedaços de frango com a moela no azeite, de preferência em panela de pedra ou ferro. Retire o frango e o excesso de gordura, jogue uma colher de chá do açafrão, depois cebola de cabeça picadinha, alho e deixe dourar. Vichi ..... ai o cheiro vai espalhar pela vizinhança, aproveite o cheiro bom e tome mais uma cachaça, agora bem fininha. Quando frango, cebola e alho já estiverem dourados acrescente água, tampe a panela e deixe ferver, conserve o fogo baixo até o cozimento.
 Volte à mesa relembre alguns casos com os convidados, derrube mais uma dose de cachaça e inicie o preparo de mais um tira gosto. Agora vamos fazer um engrossado de caldo do frango com farinha de milho.
Num prato fundo amasse uma pimenta de bode, cebola de cabeça bem batidinha, farinha de milho e escalde com o molho do frango, acrescente cheiro verde, coloque algumas moelas, e solte na mesa para os convidados apreciarem esta servida com uma colher comunitária, quem não gostar de “babujo” fica fora da apreciação. Ai não da para resistir sirva uma dose dupla.
 Tá na hora do angu: Panela no fogo, azeite, alho – cebola ralada depois de uma leve fritada Jogue o milho batido no liquidificador, agora é só mexer até chegar ao ponto. No final jogue cheiro verde por cima. Ao mesmo tempo retome o arroz, com arroz já pronto coloque uma fatia fina do queijo canastra por cima do arroz – vai ficar bonito.
Para finalizar, corrija o tempero do frango, acrescente se necessário mais caldo quente e veja se está bem macio.
Ai não tem jeito, ta na hora de chamar turma para saborear.
Boa refeição.